MP, Uern e Apamim implantam projeto Flor de Lótus na Maternidade Almeida Castro

10/10/2018

Através da iniciativa, mulheres vítimas de violência sexual vão receber cuidados médicos, de assistência social, psicológica e jurídica em um só local.

Foto: Assessoria
Foto: Assessoria

Será oficialmente implantado nesta quarta-feira, dia 10, o Centro de Referência e Atendimento para Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência Sexual, no Hospital Maternidade Almeida Castro, em Mossoró. A partir do projeto, intitulado "Flor de Lótus", as vítimas de violência sexual terão todos os atendimentos em um só local.

O centro de referência foi idealizado pelo Ministério Público Estadual em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) e acolhido pela Associação de Assistência e Proteção à Maternidade e à Infância de Mossoró (Apamim).

O Projeto Flor de Lótus consiste em um ambiente adequado e com profissionais especializados para, em um só local, acolher, oferecer assistência de saúde, social e jurídica às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual na região de Mossoró.

A proposta de criação do Flor de Lótus foi apresentada, inicialmente, pelo promotor de Justiça Olegário Gurgel à médica Isabelle Cantídio, que é professora da Faculdade de Medicina, e já desenvolve este tipo de trabalho junto às vítimas de violência sexual desde 2013.

O promotor e a médica apresentaram à proposta a Larizza Queiroz, diretora geral da Junta de Intervenção Judicial na Apamim, para que o projeto fosse implantado no Hospital Maternidade Almeida Castro. A proposta foi abraçada pelos interventores da instituição.

"A Apamim buscou participar da iniciativa tendo a certeza da sua função social e diante da inexistência de um serviço organizado e especializado na cidade de Mossoró. Com a solicitação do doutor Olegário Gurgel, a Apamim se colocou à disposição para ser mais uma vez agente de mudanças e assistência social, um braço do poder público a serviço da sociedade", explica o advogado Gustavo Lins, assessor jurídico da Junta de Intervenção Judicial.

A escolha da Maternidade Almeida Castro se deu "por ser o estabelecimento que possui as condições estruturais e gerenciais para tais fins, resultado das medidas de reestruturação da Maternidade Almeida Castro e da consolidação da gestão desenvolvida pelos interventores nos últimos quatro anos, garantindo um serviço fundamental à vida, não só para Mossoró, mas todo o Oeste do Rio Grande do Norte", acrescenta Gustavo Lins.

Em reunião com os interventores, o promotor de Justiça Olegário Gurgel disse que "o ambiente do Hospital Maternidade Almeida Castro passa uma enorme energia positiva. Muitíssimo obrigado por tudo. Mossoró vai ser referência em todo o Rio Grande do Norte. O Ministério Público ofereceu esta proposta há vários municípios do RN, mas só a maternidade nos recebeu e muito bem. A maternidade é casa dos justos. São direitos humanos, são direitos fundamentais que estão sendo garantidos às vítimas de violência sexual".

Com informações da Assessoria/Maternidade Almeida Castro