Ex-secretário de Segurança de Mossoró defende uso da “espada” para recolocar “o Brasil no rumo certo”

14/05/2018

Postagem do general Eliéser Girão ganhou repercussão nacional, com destaque no Portal Brasil 247.

Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter

O general da reserva e ex-secretário de Segurança de Mossoró, Eliéser Girão Monteiro, defendeu, na última sexta-feira, 11, o uso da espada para recolocar "o Brasil no rumo certo, à direita".

"A espada do Oficial deve ser usada em defesa da Pátria e da honra. Assim o fizemos no passado, fazemos no presente e o faremos no futuro. Nesse momento difícil de nossa história esse uso volta a ser necessário para recolocarmos o Brasil no Rumo certo, à direita. BRASIL!!!", escreveu ele em sua conta no twitter.

Girão é filiado ao mesmo partido do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e chegou a ser cogitado para disputar o Governo do Rio Grande do Norte. Atualmente, seus apoiadores o apresentam como pré-candidato a deputado federal.

O post do general, que até a tarde desta segunda, 14, já contabilizava quase 1,3 mil retweets e aproximadamente 3,3 mil curtidas, veio um dia após documentos do Departamento de Relações Exteriores dos Estados Unidos apontarem a autorização do governo do general Emílio Médici (1969-1974) para militares do Centro de Informações do Exército (CIE) assassinarem pelo menos 104 brasileiros. O seu sucessor Ernesto Geisel também autorizou a continuação dos homicídios de cidadão considerados 'subversivos perigosos'.

A cada novo crime seria analisado e autorizado pelo general João Figueiredo, indicado de Geisel para o Serviço Nacional de Informações (SNI). A revelação foi feita pelo escritor, doutor em Relações Internacionais e professor da FGV, Matias Spektor (leia mais aqui).

Não é a primeira vez que militares defendem intervenção. Em abril deste ano, o general da reserva Luiz Augusto Schroeder Lessa afirmou que, se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venha a disputar a eleição presidencial, o País deveria passar novamente por uma intervenção militar.

No ano passado, o general Antonio Hamilton Mourão também admitiu a possibilidade de uma intervenção militar no país em função da crise institucional e política.

Com informações do Portal Brasil 247